segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

No bel local. Na tal cidade. Um grupo especial


No bel local.
Na tal cidade.
Um grupo especial

 PDF 573
Foto: Evaldo Silva

Um grupo especial estava presente entre leitores e escritores. E entre os escritores, ainda podiam ser dadas outras definições, com novas classificações. Ainda haviam ensaístas, resenhistas e cronistas. Alunos e professores. Jornalistas e colunistas; editores, revisores e redatores. Atores e diretores, de cinema ou de teatro, e talvez de TV; Poetas e contistas; pintores, interpretes e artistas; contadores de histórias, para jovens, adultos ou crianças. Cantores e compositores. Filósofos e fotógrafos. Excursionistas e exploradores; bandeirantes e escoteiros. Os convidados, estavam diante de um público seleto.  Formadores de textos, cenas, imagens e opiniões. Com canetas, letras ou telas; papeis ou pinceis. E movimentou-se a rotunda.
Com um público sentado e ouvinte, na condição de coadjuvantes, figurantes e claquetes. Estavam cercados e misturados entre si, de autores e ledores; quadros e livros; imagem e som. Era uma questão de logística, a posição de quem estava sentado, em um local determinado, ou na mira das lentes das câmeras. A água sobre a mesa, indicava o meio liquido, de onde surge a vida. A vida de todos, ao alcance das mãos. Com o argumento científico e teórico, de preservar e hidratar as cordas vocais. Cada corpo um histórico de conhecimentos, hábitos e vidas.
Entre os que estavam ali presentes, ainda se distinguiam outras classes. Cascudianos e não cascudianos. Leitores e não leitores; escritores e não escritores; admiradores ou não admiradores da obra de Câmara Cascudo. Cascudo que deixou em livros um olhar sobre o povo potiguar. Cascudo viajando dentro de locomotivas, com chapas de temperaturas entre mornas e quentes, tomando agua morna e comendo banana assada, deixou escrito os personagens da primeira ou segunda classe, além das cargas e bagagens, que viajavam por trem, conhecendo e interiorizando o RN. Conhecendo e exteriorizando o RN. Hoje são outras catitas que ocupam as estradas. Independente de opiniões sobre o velho Cascudo, foi com a mente livre e com o espaço livre, à sua frente, que Cascudo construiu seus depoimentos deitados entre artigos e livros.
Com uma janela de frente para o mar, e para o Rio Pontegi, do alto Cascudo pode entender histórias dos que chegavam ou partiam, pelo rio e pelo mar. E na rodoviária, na praça da Ribeira, o meio do caminho entre a sua casa e a feira; entre a sua casa e a sua rua, onde nasceu. Ali desembarcavam e embarcavam histórias, em malas, amarrados e fardos. Era tudo ali pertinho, o mar e o rio, a rodoviária e a ferroviária, o terminal marítimo e a Ribeira, com a rua das Virgens e o beco da catita.
A literatura de Cascudo nasceu nas ruas, onde está o berço da cultura. De sua casa avistava o bonde, que ligava os arrabaldes, do território dos Canguleiros ao território dos Xarias. Foi indo ao encontro do povo e da cultura; ou avistando da janela, escreveu uma teoria, uma descrição, uma história, uma literatura.
Com a tal cidade, na tal cidade, que tinha um poeta em cada rua, e um jornal em cada esquina, iluminada por candeeiro, ou com bonde puxado por burros, Natal construiu uma história. Uma história contata em jornais, revistas e livros. E chegaram os navios e os aviões, trazendo outras malas e outras notícias; outras cargas e outras culturas. Natal recebeu outras bagagens,
Hoje estão disponibilizadas as TIs, e quem pode dar continuidade a esta história, estava ali presente. Quintas Literárias em caráter especial, com o início do ano, e retorno de férias, com a presença e mediação de Thiago Gonzaga, autor de Impressões Digitais.
Agora cabe ao poder público, liberar as calçadas, ruas e avenida, para a escola da cultura passar.
 por
Roberto Cardoso (Maracajá)
Prêmio Colunista, em Informática em Revista: 2013 e 2014

Em 01/02/2016
Entre Natal/RN e Parnamirim/RN
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 Em 01/02/2016
Entre Natal/RN e Parnamirim/RN
por
Roberto Cardoso (Maracajá)
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Em 01/02/2016
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